Quando a gente imagina que o mundo está melhor, mais igual, que as pessoas tem direitos e deveres relativamente equilibrados, que homens e mulheres podem conviver como parceiros e não como adversários, eis que esbarramos em acontecimentos que nos mostram o quanto ainda temos que avançar. A morte dessa menina que engravidou do tal goleiro do Flamengo, um psicopata digno de filme de terror, é emblemático.
Não pela coisa em si, já que loucos assassinos sempre vão existir, por mais evoluído que o mundo esteja. A questão é mais complexa e mais grave. Claro, há quem diga que fatos assim são frutos do meio, de certa forma explicados por circunstâncias sociais. Não penso assim. Acho que pessoas como esse Bruno são desequilibradas por natureza, não teriam ética nem moral mesmo que tivessem sido criadas pelos melhores pais, no país mais socialmente equilibrado do planeta. Ele é do mal, ponto. Sempre será.
O que mais me choca, no entanto, são as pessoas ditas sãs que abrem a boca pra justificar a forma brutal com que a moça foi assassinada, como se o fato dela usar o corpo pra se mover no mundo fosse motivo suficiente pra que a sua vida tivesse menos valor que as demais. Já ouvi gente dizer "coitado", já ouvi dizer que ele foi burro, já ouvi quem afirmasse "tá vendo, acabou com a vida por causa de uma periguete". Meu Deus. E a menina? E a criança, filha dela? A moça morta só jogava com as armas que tinha, e estava sempre em desvantagem, embora tenha pensado que não, em certa hora. Ela era a parte fraca da história, ela é quem merece piedade.
Quem anda com as marias-chuteira deve saber qual o objetivo delas, a não ser ser que seja muito imbecil. Engravidar, neste caso, é como ganhar na loteria. Se ele não se preveniu, que arcasse com as consequências. Esse cara era conhecido por se divertir batendo em mulheres, e tinha uma amizade por demais suspeita com os tais cúmplices do assassinato. A pior coisa do mundo, mais perigosa, é um ser doente, violento, mal resolvido com a própria sexualidade, que sai pelo mundo se "vingando" das mulheres que ele não consegue amar, nem desejar.
Tomara que na cadeia esse Bruno consiga o que tanto desejou a vida inteira, mas não teve coragem pra encarar. Tomara que os colegas de cela lhe façam as honras. Covarde, porque é gay e não assume, e tem raiva de quem o faz conviver com a própria homossexualidade. Covarde, porque vitimiza quem é mais fraco que ele. Esse sujeito não é nem gente. Não é um sentimento bom, mas desejo a ele tudo de pior. Dane-se.
domingo, 11 de julho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário