Ontem, ao voltar do Ipsep, entre 21h30 e 22h, tive que enfrentar, no mínimo, três rios pra chegar em casa. Na Imbiribeira, os ônibus passavam por mim e eu me sentia dentro de uma cachoeira, sem o glamour correspondente. Depois, entrei em Afogados, e outro rio caudaloso se formava embaixo do metrô. O povo parava e não sabia se ia ou vinha - eu, doida pra chegar em casa, já estava arretada com aquela história, e passei no meio do rio. Se eu fosse um tantinho mais frouxa, tinha começado a chorar. Mas só pensava na comida e no banho que me esperavam, e meti o carro na água.
Aquela escuridão, Afogados embaixo dágua. E eu sozinha lá no meu carrinho.Tô besta como o Recife não aguenta chuva. Duas horas de temporal, e o mundo se acaba. Vôte. Mais adiante, cheguei na Madalena, e outro rio me aguardava no caminho. Mais uma vez, o povo parado no meio da rua, engarrafando minha existência já tão engarrafada. Com qual objetivo, posso saber? Esperar a água baixar até de manhã? Motorista no Recife age de maneira muito estranha, às vezes. Fui embora, e enfim cheguei na Torre, que estava surpreendentemente seca.
Em casa, aleluia, e decidida a dar a volta por Boa Viagem quando tiver ensaio em dia de chuva.
Alhos para Bugalhos - mudando de tema radicalmente, vi hoje um negócio numa revista que me intrigou sobremaneira. Um "copinho" coletor de menstruação, feito de silicone, ecologicamente correto e esquisitamente coloridinho. Pessoas da vanguarda européia passaram a usar esse treco em seus períodos mentruais sob a alegação de que os absorventes degradam a natureza. O causo é que o negócio não é descartável, e a pessoa tem que ficar jogando o sangue fora várias vezes ao dia. Depois lava e bota de volta. Fala sério, há limites para a consciência ecológica, minha gente.
Rapazes de 20 - amiga minha relata a experiência de ter ficado com um rapazinho recém saído das fraldas. Aos 21, disse ela, o menino tinha uma desenvoltura insuspeita. No meu tempo, as coisas não eram assim - meninos de 20 e poucos eram pobres coitados tentando descobrir o que fazer com tudo aquilo. Bom, mas também, as crianças hoje andam precoces por demais. Como eu, aos 20 e poucos, já estava em vias de casar com alguém de 40, nada sei sobre esse processo evolutivo. Mas ouço os relatos, que não me parecem exagerados. Sorte a das meninas de 20, e principalmente das de 30, que agora podem ampliar seu campo de atuação, tal qual os rapazes já fazem. Sempre soube que a igualdade entre os sexos ia findar acontecendo de verdade.
ANITTA E SUA TATUAGEM
Há 3 anos