O título do post parece pouco alvissareiro, e é mesmo. Estou a cada dia me sentindo mais besta e mais pobre coitada por causa do celular. La questión é que nem quando eu tenho direito (e quando não tenho, ora bolas?) consigo me desconectar do diabo desse telefone, porque acho que ele vai tocar a qualquer momento e tenho que estar atenta. Estou escravizada, e percebo isso mais fortemente a cada dia, nos feriados, fins de semana, à noite. Horas em que, a priori, eu poderia não ouvir alguma ligação e tudo bem.
Mas não fica tudo bem porque acho que pode ser alguma coisa importante. E eu sofro pensando que posso estar em dívida com alguém. Saco. Sempre é importante... pra criatura que está ligando, não pra mim. Pra mim, pode ser ou não importante, e mesmo assim aquele sonzinho do celular teima em tocar no meu ouvido mesmo quando ele está silencioso! Credo. Não gosto disso, de me sentir escravizada a alguma coisa ou situação. Gosto de ter o direito, mesmo que não venha a usá-lo.
Bom, no momento, importante pra mim é arrumar tempo pra ver minha fofíssima sobrinha. Está entre as minhas prioridades mais prioritárias no universo. Lembro que quando eu estava de licença de Alice, mais amadurecida que quando tive Júlia, pensava em como seria ótimo que as mães tivessem pelo menos um ano pra ficar com a sua criança, sem pensar em mais nada. Adoraria ter tido esse direito, porque nesse momento, quando ela era bebezinha, nada mais na vida me interessava. Com Ju eu queria provar que podia fazer tudo que fazia antes mesmo com filho, e corri mais que devia. Com Alice, eu só queria ficar com ela e só. Muito melhor.
Resumindo, tem o que é importante, o que é prioridade, e tem o celular. Este último aí precisa aprender direitinho qual é o lugar dele nas nossas vidas, e só quem pode ensiná-los somos nós mesmos. Tarefa difícil, mas muito necessária.
ANITTA E SUA TATUAGEM
Há 3 anos