quarta-feira, 27 de junho de 2012

Credo

Tenho tentado acompanhar o remake de Gabriela, quando o sono permite. Minha gente, tô passada com o destinos das minhas companheiras de gênero nessa novela. É melhor ser morador da Cracolândia ou o esquartejado da vez do que ser mulher na trama de Gabriela. As pobrezinhas não se livram da vida ruim de jeito nenhum, sejam elas quengas, mulheres direitas ou muito pelo contrário (caso da própria Gabriela, que acha tudo lindo e vive com um sorriso besta na cara. A bichinha, pelo menos, tem algum controle sobre a própria vida, afe).

Se for mulher direita, casada com coronel, não pode beijar na boca e tem que transar feito vaca, ou leoa - ou seja, preliminar e safadezinha, nem pensar. E sem direito a dor de cabeça. Pode ser também xingada, humilhada, e ainda tem que chamar o marido de "senhor". As quengas, por sua vez, não podem nem participar da procissão da cidade, mesmo que a santa homenageada seja Maria Madalena. Ôxe, e Madalena não era representante das meninas? Se for outra Madalena, me esclareçam que de santo conheço muito pouco.

É triste. Essas coitadas, ao invés de brigarem feito bestas, deviam era se juntar contra os desmandos dos cabras, que desde sempre deram um jeito de estimular a competição entre elas pra se locupletar do resultado da discórdia. A máxima continua valendo hoje, hein, gente? Quero ver como vai ser quando las ninas começarem a dar nota ao desempenho dos sujeitos e mandarem a colega "passar lá pra conferir". O mundo gira, meu povo, o mundo é uma bola, e as cantoras de brega estão aí pra não me deixar mentir.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Lição de Namoro


Ó que letrinha mais linda:

Menina, vou te ensinar
Como é que se namora:
Põe a alma num sorriso
E o sorriso põe pra fora

Olhe nos olhos
Olhe dentro da pupila,
Veja bem se ela brilha
Ou se vai se apagar
Pois o olhar
É ele que denuncia
Se está quente ou se está fria
A paixão, o bem amar

Pegue na mão,
Sinta dela o seu calor,
Veja dela o seu rubor,
Sua força, seu pulsar,
Porque a mão é ela que anuncia
Se o namoro nasce e cria
Ou se nasce e vai murchar

Quanto ao beijo
Tem que ser bem de mansinho,
Permitido com carinho
Pra poder não machucar
Porque o beijo
É ele quem amacia
Quem dá paz e é o guia
Para o novo amor chegar

E num abraço
Apertado, mas com jeito,
Sinta como bate o peito,
Se é forte ou quer falhar
Pois coração
É fonte de alegria
É ele quem prenuncia
Se o amor há de jorrar

Por Antonio Nóbrega

segunda-feira, 25 de junho de 2012

San Juan

Gente, e não é que a festa de São João do condomínio foi super gostosinha? Esse ano, por conta do feriado cair no fim de semana, resolvemos não ir a Gravatá. Sorte a nossa, moramos em casa, que pé no chão nunca fez mal a ninguém, e os nossos vizinhos são super festeiros. Um cidadão fez as vezes do forrozeiro, e deu uma enrolada boa, mesmo sem sanfona, triângulo e zabumba. Verdade que não tem nada igual a um pé de serra, mas como eu disse, o tocador enrolava direitinho.

Descobrimos, eu e Clero, que não tem nada melhor na vida que festa dentro de casa. A gente bebe até umas horas, depois volta cambaleando e sem medo de blitz, a pé, e ainda pode deixar as cricas em casa sem medo nenhum. Aliás, eu passo tanto tempo fora do meu lar que pago pra não sair no fim de semana. Buenas, confraternizamos com os vizinhos, eu pela primeira vez, e foi bem legal.

Fiz um arrumadinho que fez um mega sucesso entre as moças e bebi em quantidade suficiente para que os rapazes não me enxergassem como a chata que manda o cara parar e ir pra casa, mas como uma parelha de copo. Tinha um que ficava repetindo, bem espantado: "mas como você é simpática!" Creio que eu estava criando uma certa fama de abusada entre os condôminos... Nem sempre serei tão meiga assim, aviso logo, mas, no sábado passado, eu estava com o espírito bebedor-companheiro aflorado.

Triste foi a ressaca no domingo, mas, enfim, faz parte. Sometimes, não dá pra curtir sem pagar a conta lá na frente, por mais sem graça que seja este movimento compensatório que rege a vida na Terra. Diversão aqui, aperreio acolá... e assim caminha a humanidade. Venga, San Pedro!

sábado, 23 de junho de 2012

Largada

Eita, largamos. A energia é ótima, a conjuntura também. Trabalho demais pela frente, mas isso nunca foi problema, muito pelo contrário. O chefe não tem mesmo ethos de coadjuvante, e assim sendo, está ocupando um espaço mais que legítimo e adequado. Estamos animados :)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Haja

Eu aqui toda envolvida com os destinos da minha cidade, do meu chefe, da minha equipe... Animada, sim, mas naturalmente tensa pela expectativa de um novo movimento, que sempre deixa a gente com cócegas no estômago... Bom, mas voltando à frase anterior, não bastasse eu estar aqui toda toda, com a cabeça cheia de coisas importantes pra pensar, ainda estou tendo que aguentar a doidice dos outros. Os problemas que não são meus, as questões que não me dizem respeito, os movimentos sobre os quais não tenho nenhum poder... Estão caindo no meu colo, como se eu fosse a origem e o destino, o antes e o depois.

Ando meio cansada. Dentre todas as minhas qualidades, uma da qual me orgulho bastante é saber reconhecer as responsabilidades sobre o que faço, sobre o que acontece comigo e com quem me cerca. Por isso mesmo, cansa a minha beleza ser forçada a me meter onde não quero, nem devo. Tenho tanto o que fazer, minha gente... Sou uma das pessoas mais ocupadas que conheço. Tenho dois empregos, duas filhas, marido, casa, flamenco. Trabalho muito, ensaio, estudo, leio, cozinho, corrijo provas, vou ao salão, faço feira... Só pra começar. Tenho tempo pra isso não.

No momento, pretendo corrigir as provas dos remanescentes da final, sair pra almoçar, dar uma voltinha, retornar ao trabalho. Aguardar notícias do chefe, tentar sair cedo pra cuidar do meu marido que comeu uma comida estragada ontem e está bem molinho, assistir a um seriado legal na sky, fazer as unhas. Aviso aos navegantes que bloqueei os acessos indesejados. Tenho uma vida pra cuidar, pelamordedeus. Quem tiver também a sua, trate de se agarrar com ela e me deixar em paz.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Recife

Noves fora todas as motivações pessoais que eu possa ter, meu carinho, respeito e admiração por ele, eis que, enfim, temos um candidato a prefeito do Recife em quem vale a pena apostar. Todos pelo Recife, e eu junto, somando, compartilhando, colaborando e torcendo. Será uma batalha dura, mas não faltará disposição para enfrentá-la, tenho certeza. Simbora, e garanto que sairemos dessa empreitada, lá na frente, plenos de experiências ricas e inesquecíveis. Sapeira de Congo, que a vida vai ser boa!, já dizia um amigo querido. Amém!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Mudanças

Alguém já disse que a vida é o que acontece conosco enquanto fazemos planos. Eu, que já estava toda animadinha com minhas férias de julho, com dias de dolce far niente, com as inúmeras atividades que listei para fazer no período, encontro-me agora em absoluto compasso de espera. Eu e a população do Recife, aliás.

Mudar nem me incomoda tanto, até gosto e me adapto muito bem às voltas que a vida dá. Triste é a indefinição. Enquanto não sei o que acontecerá, observo ao redor, e faço conjecturas. Em todos os cenários, haverá necessidade de replanejamento. Preciso começar a construir o meu novo mapa da estratégia, e logo.

Se for pelo bem do Recife...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Registros e recordações

Não sou muito de guardar coisas, jogo tudo fora quando duvido da utilidade delas, até pra liberar energia para as novidades. Anyway, guardo textos. Textos escritos por e para pessoas queridas, que marcam a vida da gente, e que hoje podemos arquivar na nossa memória virtual, já que a memória real às vezes falha. Tenho na minha caixa postal vários emails gostosinhos, que não pretendo deletar jamais. São registros de momentos que passam mas ficam ao mesmo tempo, na cabeça e no coração. Acabo de ler alguns. Que delícia. ;)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Valentine´s Day

Nos States, o conceito de dia dos namorados, ou o mais próximo disso que há por lá, é um pouquinho diferente do nosso. O povo comemora o amor, de maneira mais ampla. Ou seja, você pode enviar uma mensagem de happy Valentine para sua melhor amiga ou amigo, para seus pais, para seus filhos. E para seu marido, esposa, namorado ou namorada também, naturalmente. So, feliz Valentine´s Day para todos os meus queridos. Dos pequerruchos, feito Clarinha; aos seniores, feito vovó, que hoje faz 93 anos, firme e lúcida. Adoro comemorar as datas que os mais chatinhos chamam de "comerciais". E o que não é comercial, minha gente? De dia das mães à festa de natal, tudo é invenção da nossa índole burguesa e consumista. Mas não deixa de ser legal e divertido por isso. Pois, dia de hoje, um viva especial ao meu namorado, o melhor entre todos, que me ama mesmo quando entro numas de crise existencial, quando estou hormonalmente chatíssima... e também quando estou linda e feliz e meiga. Like today. Love :)

* Nós, meio borrachos, depois de um vinho em Buenos Aires. No subte, tentando tirar foto a dois. Eu descabelada, e Clero discursando, like always.

domingo, 3 de junho de 2012

Século XXI

O ser humano é complicado. He, he, he, que novidade. Mas é mesmo. A gente enrola tudo por tanto tempo, que quando descobre que não precisava ter enrolado tanto, passou o tempo. Afe, mas não quero ser pessimista, não. O tempo das coisas existe, afinal. Mesmo aquilo que não se entende imediatamente, depois começa a fazer sentido (na maioria das vezes. Há coisas que não têm é sentido nenhum).

Abri o computador hoje pensando em trabalhar. Só facebooqueei. Acabo de ler a matéria de Klester. Apesar do aperreio, ele está de volta e bem, ao menos fisicamente. Good. Voltando à complicação, este ser humano supracitado é um exemplo clássico. Há outros, muitos outros. Descomplicar deveria ser o verbo do terceiro milênio, não? Mas parece que cada vez mais a gente arruma sarna pra se coçar. Credo.