segunda-feira, 25 de março de 2013

Mundo, vasto mundo

Falava agora com uma amiga que acaba de chegar de São Paulo. Ela dizia sobre o quanto gostou da viagem, o quanto acha que seria feliz vivendo por lá - também acho São Paulo uma delícia. Gosto do fato de já ter ido lá tantas vezes, e de me sentir meio "pertencendo" à cidade, de conhecer seus caminhos, muito embora não seja um conhecimento, assim, profundo.

Bien, mas é conhecendo superficialmente que a gente se apaixona, afinal. Ano passado, apaixonei-me pelo Rio, só pra não deixar de ser que nem todo mundo. Quem não se apaixonaria, afinal? O Rio é lindo, vistoso,  envolvente, sexy. Dois chopes, e pronto - você já está no papo. São Paulo é mais sóbria, mais discreta - precisa de um olhar mais demorado pra gente se encantar por ela. Porém, suscita afetos duradouros.

Escrivinhando aqui porque ando com muita saudade de ambas - e cada uma tem de mim um tipo de saudade diferente. As cidades são como as pessoas - nem sempre é fácil entendê-las, mas nem por isso você deixa de gostar delas. Vou voltar. Aguardem-me, moças.

terça-feira, 19 de março de 2013

Mundo, estranho mundo

O mundo acabou. Essa é uma das frases mais repetidas por Nina Lemos, minha repórter/escritora favorita, que escreve na minha não menos favorita revista feminina - a TPM. O pior é que ela tem razão, e descubro isso todos os meses quando sou atualizada pela publicação sobre as coisas mais bizarras que acontecem no planeta, particularmente do planeta das mulheres.

Alguém aí poderia imaginar. em um sítio onde a terceira guerra mundial ainda não começou, que tem moça nos EUA (tinha que ser) cujo desejo de vida é ter uma vagina igual à da Barbie? Sim, sim, isso existe. Causo é que eu comprei já inúmeras Barbies para as minhas crianças e não me consta que elas tivessem uma (vagina). Na minha concepção, significa dizer que estas moças querem, pela ordem:
- uma xoxota pelada (means sem pelo nenhum, igual a de um bebê recém nascido);
- uma xoxota fechada (colada, sem abertura nenhuma, nem para o xixi. Pra que serve isso, minha gente?);
- uma xoxota asséptica (sem cheiro, sem textura, sem nada. Pela madrugada - é só que tenho a dizer).

Alcancei não. Qual é a proposta? Fato é que o povo americano anda fazendo uma tal de "plástica íntima", que deixa as vaginas femininas mais "discretas". Oi???? Agora deu. Acho que o fato de andarmos vestidas por aí já é discrição mais que suficiente. E ainda dizem que não tenho razão em ser feminista - existe uma prova mais contundente que precisamos do feminismo mais que nunca? Até na xoxota alheia a indústria da pasteurização e da estupidez quer mandar.

Esses cirurgiões deviam ir pra cadeia, e estas mulheres que plastificam suas vaginas, pro hospício. Valha-me.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Sobre radicais e moderados

Nunca fui uma pessoa radical - tenho até certa dificuldade em assumir afirmativas categóricas para a minha vida, mesmo quando elas se fazem necessárias. Sempre, ou nunca, parecem a mim tempo demais. Deve ser por isso que não professo nenhuma religião, nem tenho time do coração - acho todo mundo que caminha estes caminhos meio dramático demais, meio over, sei lá. Sei que, em algumas situações, as pessoas precisam do tudo ou nada, até para estarem vivas - como no caso de um vício, por exemplo. Mas, como sou viciada só em flamenco, e mesmo assim uma viciada saudável (hahaha), abstenho-me dos extremos, e ando aí pelo caminho do meio. Talvez eu seja uma criatura que equilibra-se em cima do muro, fazer o quê? Não acho que só uma das partes têm razão, na maior parte das vezes. Ok... Quando discuto com my husband, acho que apenas eu tenho razão. Peraí também, né? Ainda sou alguém quase normal ;)