Não foi por falta de tentativa, mas eu nunca consegui entender esse fascínio que o povo, particularmente os rapazes, têm pelo futebol. É tudo muito estranho - a alegria, a tristeza, a euforia, a depressão. Os meninos matam e morrem por causa desse negócio, e tudo o mais se perde numa aura de desimportância absoluta quando se trata do time do coração. Inclusive, nós, mulheres. E eu não cultivo nenhuma raiva relacionada, pelo contrário - o futebol (em geral) deixa os homens felizes, e homens felizes não enchem o meu, o seu, o nosso saco. Registre-se que eles ficam particularmente bem quando jogam futebol, e rasgando-se de alegria quando jogam bem. Eufóricos quando os demais reconhecem que eles jogaram bem.
Eis que os rapazes-colegas-de-trabalho iniciaram uma pelada às segundas-feiras. Desde então, as terças têm sido luxo só. Divirto-me horrores ao ouvir as histórias dos dribles, faltas e afins, contadas com direito a lances dramáticos mais que interessantes. Coincidentemente, eles jogam no mesmo lugar onde eu danço, e hoje estaremos dividindo o ambiente. Uma parte pro flamenco, outra para o futebol. Vale registrar que nosso saudável ambiente de trabalho contaminou-se com a nova prática, e estabeleceram-se novos parâmetros de admiração, além de empoderamentos muito originais. O cabra que joga bem ganha status e respeito dos demais, e vira, assim, uma espécie de ser sagrado.
Não resistirei e darei uma espiadinha, obviamente. Depois faço meu relato ;)
ANITTA E SUA TATUAGEM
Há 3 anos