segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Girl Power

Fim de semana passado, participei de fóruns onde as protagonistas eram meninas cartunistas. Coisa rara, uma vez que este universo sempre foi dominado pelos machos, desde muito antes do Pasquim até os dias atuais. Interessante demais observar o olhar crítico de cada uma, e melhor ainda poder fazer valer, através delas, nossa verve sarcástica, ácida, crítica, irônica, sacana. Fato é que nós, mulheres, fomos sempre orientadas a rir pouco, rir com educação, rir de maneira "feminina". Não é de bom tom gargalhar, falar palavrão, brincar com a sexualidade, tal qual fazem os rapazes.

Oba, as meninas cartunistas estão desconstruindo este cenário. Com suas personagens engraçadas e engajadas, discutem a condição feminina sem ranço e de sutiã (e batom e perfume). São meninas bonitas, bem amadas, inteligentes - nada a ver com os estereótipos sempre associados às moças que defendem seu próprio lado e brigam contra a desigualdade que, afinal, ainda é perniciosa e evidente entre nós. Adorei o discurso podrera de Chiquinha, cuja Elefoa Cor de Rosa arrasa ao se negar a vestir calça 38 e sai nua por aí. Massa a sacada de Pryscila, que criou uma boneca inflável falante e pensante. Pra fechar, só mesmo a gargalhada de Sonia Lyuten, a decana estudiosa dos quadrinhos e do humor que nunca perde a paixão da descoberta; parece estar sempre debutando.

Com pancada, e com afeto, ora pois (vale muito a pena conferir a exposição: no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem).

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Civilidade

Estava cá refletindo, depois de ouvir umas histórias contadas por um amigo. O que a gente chama de modernidade, nada mais é que a evolução dos processos civilizatórios, que, espero, um dia sejam a realidade de toda a humanidade. Por que não conviver com tranquilidade com aqueles que um dia foram nossos afetos? Por que que a gente tem que ficar inimigo das pessoas com quem nos relacionamos, dividimos alegrias, angústias, mas que a gora não fazem mais parte da nossa vida?

Isso é, no mínimo, estranho. Reconheço que nem sempre é fácil, e talvez nem sempre seja possível, dadas as variáveis que envolvem cada caso. Há quem surte ao terminar relacionamentos, há quem termine seus relacionamentos de forma pouco ética, há quem precise de distanciamento para se recompor. Mas quando todas essas questões são sanadas, quando as feridas são curadas pelo tempo... Por que não?


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Trabalho, trabalho...

De volta ao trabalho, depois de... um monte de trabalho. Gripe daquelas, tosse. Apesar do espírito e do corpo cansados, alegria, por ter participado de um movimento que, tenho certeza, fará a diferença pra mim e pra muita gente. Anyway, problemas teimam em não se resolverem. Problemas, per si, não são exatamente a questão, uma vez que eles sempre existirão. A bronca é quando o problema é sempre o mesmo, e você já está cansada dele, e não tem jeito de escapar... Exausta.