Tenho um amigo que está vivendo às voltas com problemas de saúde de alguém muito próximo a ele. Sua evidente tristeza me deixa também triste, principalmente porque sei que não posso fazer muita coisa pra ajudar. Nem falar adianta, nesses casos - talvez ouvir, atenta e respeitosamente, traga algum alívio. Acho que ele sabe que pode contar com meus ouvidos mas, às vezes, o que a pessoa mais quer é estar sozinha com seus pensamentos. O fato é que estou aqui, para nada ou para o que for preciso.
Engraçado como esse negócio de doença mobiliza a gente. Trata-se de aceitar uma verdade tão evidente e ao mesmo tempo tão desagradável: somos finitos e não há nada que possamos fazer a esse respeito. Mesmo assim, estamos aqui, e isso deve ter algum propósito, nem que seja o de aproveitar bem essa curta estadia na Terra, com galhardia, desenvoltura e bom humor. Claro que nem sempre dá. De vez em quando, a melancolia vai tomar conta da rotina, e os motivos para isso podem ser concretos, como no caso do meu amigo, ou podem ser abstratos, frutos de uma intatisfação que nem a gente mesmo identifica direito.
A vida é pra valer e pra levar, já disse o poeta. É difícil, em muitas ocasiões. E os amigos servem (também) pra aturar a gente quando a gente está mal, faz parte das atribuições do cargo.
ANITTA E SUA TATUAGEM
Há 3 anos