terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Natal e crianças

Cansada aqui de raciocinar sobre coisas sérias (estou fazendo a análise de mídia de novembro), parei um pouco pra falar sobre momentinhos meigos que só as crianças são capazes de protagonizar. Véspera de Natal, Alice pelos cantos da casa, meio preocupada, calada. Perguntei o que havia, afinal, ela estava em contagem regressiva para o evento, ansiosamente aguardado. "Mãe, e se Papai Noel não me der o que eu pedi?" Silêncio. "Por que ele faria isso, filha, você não foi uma boa menina este ano?" Silêncio mais demorado. E ela calculando o tanto de trela versus o tamanho do presente que pediu. "Bom, mas pode ser que ele dê uma outra coisa, mais barata, né, mãe?" Pense na angústia da criança consciente. Final das contas, Papai Noel relevou as pequenas peraltices (eita, palavra vintage) e Alice ganhou o presente do jeitinho que pediu. O espírito do Natal estava no ar... :)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Confraternizando

Hay confraternizações e confraternizações. Tem aquelas que a gente vai por obrigação social - o famoso "tem que ir", e tem aquelas que a gente vai por gosto e prazer. As primeiras podem até surpreender, divertindo quando menos se esperava, mas as segundas, estas sim são reveladoras, e deliciosas. Ontem juntamos cinco amigas no Bar Central, que já estava lotado às 19h de gente que teve a mesma ideia, e nos divertimos muitíssimo. Gente que não se vê sempre, mas que cresceu junto, e que nessas horas resgata, sem esforço, a intimidade que, afinal, sempre teve. Valeu, ninas, vocês arrasam.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Volver

Uma vez postei essa música aqui. Tirei. Resolvi postar novamente, inspirada pela viagem que farei breve, já que a letra é do portenho Carlos Gardel, que primeiro a gravou. Inspirada também pelo ano que finda, e pela beleza das imagens que ele criou, e pelo significado delas, e pelo encontro que terei com minhas amigas do Damas logo mais. Vejam que linda, e ouçam a gravação de Estrella Morente, que é um espetáculo.

Volver

Yo adivino el parpadeo
De las luces que a lo lejos
Van marcando mi retorno...
Son las mismas que alumbraron
Con sus palidos reflejos
Hondas horas de dolor..
Y aunque no quise el regreso,
Siempre se vuelve al primer amor..
La vieja calle donde el eco dijo
Tuya es su vida, tuyo es su querer,
Bajo el burlon mirar de las estrellas
Que con indiferencia hoy me ven volver...

Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.
Vivir... con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez...

Tengo miedo del encuentro
Con el pasado que vuelve
A enfrentarse con mi vida...
Tengo miedo de las noches
Que pobladas de recuerdos
Encadenan mi soñar...

Pero el viajero que huye
Tarde o temprano detiene su andar...
Y aunque el olvido, que todo destruye,
Haya matado mi vieja ilusion,
Guardo escondida una esperanza humilde
Que es toda la fortuna de mi corazón.

Volver... con la frente marchita,
Las nieves del tiempo platearon mi sien...
Sentir... que es un soplo la vida,
Que veinte años no es nada,
Que febril la mirada, errante en las sombras,
Te busca y te nombra.
Vivir... con el alma aferrada
A un dulce recuerdo
Que lloro otra vez...

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Bizarrices

Existe coisa mais feia do que uma pessoa muito gorda a bordo de uma moto? Me desculpem a pergunta politicamente incorreta, minha gente, mas é feio demais. Resolvi listar por aqui as coisas mais bizarras que tenho visto ultimamente, e elas não são poucas. Bizarras são aquelas pessoas que derrubam a colher das comidas em self services pra dentro do prato, preenchendo com milhares de bactérias de diversas origens o que em breve será servido a outrem.

Bizarro também é o batom de Marília Pera na novela das seis. Bizarra é a menina que faz parte do meu grupo de dança, que não consegue acertar nem dois pra lá dois pra cá e se arvora a querer dançar flamenco, atrapalhando todo mundo com sua falta de noção. Logo flamenco. Já botei ela pra fora do tablado uma vez, se precisar farei-o novamente. Bizarros são os jornalistas que nos ligam às 18h10 de uma sexta-feira querendo porta vozes para suas matérias de domingo. Hein?

Bizarros são os alunos que copiam matérias do NE10 achando que eu não vou perceber. Bizarra é a fila nas Lojas Americanas por estes dias pré natalinos. Bizarro é o preço da casa da Barbie que vou ter que comprar pra Alice esta semana. Bizarra é essa obrigação de colocar moedinhas em caixinhas de natal em toda esquina que a gente para. Bizarro é um colega de trabalho querendo puxar uma DR com outra colega de trabalho, sendo que a coitada mal conhece o cara. Pelamordedeus.

Ano que vem, desejo que o mundo seja menos povoado de bizarrices, e mais povoado de coisas e pessoas finas e elegantes. Amém!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

De acertos e desacertos

Acabo de chegar da praça do Arsenal, onde fui comprar uma tapioca, e já comecei a sentir aquela leseira que me acomete nos momentos que antecedem o carnaval. Não sem motivo, porque agora, nesse instante, tem um bloquinho passeando por lá, ao som de uma orquestra mais ou menos. Mesmo assim, tá tão bonitinho, um grupo de pessoas de amarelo meio bêbadas, cantando as músicas do nosso cânone carnavalesco... Já me deu saudade, posto que em 2012 não estarei por aqui para curtir a folia - ideia minha, vamos eu e husband a Buenos Aires, que não conhecemos, para umas merecidas feriazinhas a dois. O ano foi puxado, e nossa última viagem "venceu", palavras dele.

Como não será uma viagem a Maceió, sinto que serei feliz então, embora sempre fique meio assim de não estar no Recife em fevereiro. Bom, mas já estou pelos blogs da vida catando os programas que faremos, os lugares mais legais... Tô adorando a ideia de passar oito dias sem praticamente falar no celular e checar email. Bom, mas estava falando de acertos - de marcha, de vida... Há momentos em que os desacertos chegam e nos deixam tão chateados que impedem a gente de ver o tanto que acertamos antes.

Não deixemos, então, que o que está além do nosso alcance possa nos impedir de comemorar o que já construímos. O sucesso está na trajetória, até porque o fim do caminho - este é igual pra todo mundo.