segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Só lamento

Incrível como a minha, a sua, a nossa vida interessa tanto ao alheio. Eu, apesar de ser jornalista, sou pouquíssimo curiosa, interesso-me quase nada pelo que outras pessoas fazem de suas existências, a não ser que sejam próximas a mim e eu me importe com elas. Acho até que às vezes sou mal interpretada - não querendo parecer intrusa, termino parecendo distante. Bom.

Porém... Há quem se comporte de maneira totalmente oposta, e ainda se ache no direito de interferir no que não lhe diz respeito, geralmente para criar problema. A intenção não é nunca a melhor, nestes casos. Não raro, tais pessoas são menos inteligentes, menos bem sucedidas, menos amadas e beeeeem menos bonitas que seu alvo. É triste ver o quanto se rebaixam enquanto acreditam ser os juízes da humanidade. No mais das vezes, não lhes respondo, para que elas não percam tempo iludidas, achando que fizeram ou que são alguma coisa. Esse povo não é nada, afinal.

Às vezes, no entanto, paro para refletir sobre o causo. Fico besta com tanta falta de coisa melhor pra fazer. Mente vazia, oficina de satanás, já dizia o padre. O pior é quando o vazio, além da mente, ocupa a alma. Que nojo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Confesso que pequei - e estou tão feliz!

Hello, gente boa. Este singelo post surge só pra dizer que hoje estou inflada pelo pecado do orgulho, que não me deixa pisar no chão desde que dancei lindamente ontem, e minha mega exigente professora disse - "é, Marcella, não estou vendo nada pra corrigir no seu baile...". I'm so happy, e animada, que nem o nosso atual, futuro e the very best governador, pra seguir "daqui pra melhor".

E por falar nele, chegando em casa, ontem, sentei-me pra assistir ao debate da TV Jornal. Nosso govs, afiadíssimo, fez muito bem a sua parte. E ele estava numa alegria, numa leveza. Logo ali ao lado, um Jarbas disperso e borocochô, que me pareceu exausto. Estranhei aquele jeitão, vindo de uma pessoa que gosta tanto do embate, até que soube da pesquisa e dos 15% . Bom, pelo menos combina com o número da campanha, né não?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A mais linda

Procurava um Cd dos Beatles pra ouvir no carro enquanto ia pro trabalho, esta manhã. Não encontrei o que eu queria, e meu marido então me entregou Revolver, um álbum que sempre suscita polêmica. "Alguns acham chatinho, outros dizem que é o melhor entre todos os que eles fizeram... Leva", ele disse. Levei, e fui ouvindo. Cheguei na faixa "Here, there and everywhere" enquanto estava na Av. Mário Melo. Desconectei e fiquei só sentindo aquela música tão linda. Tão simples, tão emocionante. Não sei qual dos beatles a compôs, mas se foi Jonh, e se foi pra Yoko... Eu me rendo - aquela muié tem mesmo borogodó. Segue a letra:

Here, There And Everywhere

To lead a better life,
I need my love to be here.
Here, making each day of the year

Changing my life with a wave of her hand
Nobody can deny that there's something there.

There, running my hands through her hair
Both of us thinking how good it can be
Someone is speaking but she doesn't know he's there.

I want her everywhere
and if she's beside me I know I need never care.
But to love her is to need her
Everywhere, knowing that love is to share
each one believing that love never dies
watching her eyes and hoping I'm always there.

I want her everywhere
and if she's beside me I know I need never care.
But to love her is to need her.
Everywhere, knowing that love is to share
each one believing that love never dies
watching her eyes and hoping I'm always there.

I will be there, and everywhere.
Here, there and everywhere.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ô, miséria

Capa do Diario de Pernambuco deste fim de semana registra o que todo mundo já sabia, na prática: falta homem no Recife. E não é modo de falar, não, amiga, é estatística - os números não mentem. São 85 homens para cada 100 mulheres, noves fora os bandidos, os canalhas, os doidos e/ou problemáticos, os burros, os muito feios (feinho já está virando bonitinho, nestas circunstâncias), os gays assumidos, os gays enrustidos, os muito jovens ou muito velhos, os casados, os que têm namorada ou noiva, além dos nossos pais, avôs, tios, irmãos e filhos.

Não é mole, minha filha. Hoje em dia, pra alguém namorar ou casar no Recife, geralmente uma outra desavisada vai ter que ficar sem um homem pra chamar de seu. Neste cenário, a coisa toda fica parecendo uma praça de guerra, e las chicas são as gladiadoras de ocasião. Briga-se até pelas criaturas mais indesejáveis da face da Terra, um espetáculo deprimente por demais. Homens que, nas condições normais de temperatura e pressão, ficariam plantados na pista de dança, passaram a se comportar que nem se fossem Carlinhos de Jesus. Medo.

Realizei uma experiência sociológica dia desses, que me deixou deveras impressionada. Passei o dia inteiro analisando a "qualidade" dos homens à minha volta (as exteriores e visíveis, of course) - difícil foi salvar alguma coisa. A esmagadora maioria era absolutamente abaixo de qualquer controle de qualidade minimamente decente - os outros, ou eram casados ou amigos queridos (e aí, suspeita sou...). Não quero aqui fazer aquele discurso babaca do tipo "homem não presta", até porque não acredito nisso, sinceramente. Homens são ótimos e péssimos, assim como as mulheres. Também existe um monte de moçoilas uó nesse meio de mundo - mas não estou aqui falando delas.

O causo é que os nossos meninos recifenses não estão precisando se esforçar muito. Acho uma pena essa falta de cuidado e de gentileza com as meninas, o comportamento promíscuo que mais parece um dever que uma vontade. O povo não se importa mais em saber das coisas, em aprender, em impressionar o outro. É tanta ignorância que dá pena. Faço aqui um apelo, aos homens e mulheres de bem desta Mauricéia Desvairada: não vamos nos nivelar por baixo, pessoal! Abaixo as relações desvirtuadas, onde o que é ruim vira bom só porque não há nada pra botar no lugar.

Vale um adendo: não sou nenhuma "mal amada", como alguns poderiam pensar. Até porque esse conceito, no fim das contas, é machista até dizer chega. Tenho um marido muito do ótimo, dedicado, atencioso, amoroso, gentil, ex-casado... (Tá vendo? - voltamos ao ponto de partida... A quem interessar possa, a separação do gajo aconteceu por livre e espontânea vontade dele, sem brigas envolvendo a minha pessoa, e sem apelação, porque não precisou e também porque sou fina demais pra isso). Mas sou otimista - tenho fé que minhas (nossas) crianças conviverão em outro cenário... Assim seja!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Transcendendo

Artista amador ou desconhecido ou pobre (ou tudo junto) é uma (des) graça. Vou dançar no próximo dia 16, vocês já sabem. Para alcançar o objetivo de estar com a coreografia limpíssima até lá, ensaio num lugar longínquo às terças e quintas. Haja gasolina e joelho pra aguentar o estica e puxa embreagem/acelerador na hora do rush. Aos sábados, o baile é no Cervantes, às 13h. Praia e almocinho com friends and family, hummmmm... Antes ou depois, e olhe. Viajar nos fins de semana, só depois do ensaio. Para estar bela, gastei uma grana com roupas que comprei via internet, que, espero, cheguem direitinho, no meu tamanho e valham o investimento.

Tudo isso, pelo textinho arriba, pode parecer sacrifício. Pero no lo es, absolutamente! Minha professora, dia desses, resumiu: "sorte a nossa, meninas, que viemos pra vida com a oportunidade de transcender. Quanta gente vai passar a existência inteira sem saber o que é isso?" Ela tem toda a razão. Só experimentando pra saber. E, ao final, ganhar dinheiro com isso parece até absurdo, diante do luxo que é reunir gente em torno do que há de mais sofisticado entre as realizações humanas - o fazer artístico.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Das delícias da maternidade

Hay dias, todas as mães sabem, que a experiência de criar os filhotes é muito mais padecimento que paraíso. A gente fica exausta, educar é cansativo mesmo, e o pior é que a tarefa não nos dá o direito de ter preguiça. Em outros dias, no entanto, somos regiamente recompensadas por esse "trabalho".

Estávamos no sofá, vendo a novela. Júlia, a mais velha, perguntou pra que servia um psicólogo. Eu, com meu vício de professora, expliquei bem didaticamente: "para tratar das nossas questões emocionais". Alice, a pequena, comentou: "A minha primeira questão emocionante é que eu tenho mãe". É fofa ou não é?

domingo, 12 de setembro de 2010

A perda

Perdi meu celular pessoal, e toda a minha vida se desmantelou. Fiquei sem agenda, o que é bem grave em tempos onde a comunicação é mais virtual que pessoal. Esse preâmbulo é pra dizer à minha amiga Dani, que fez aniversário no último dia 10, que absolutamente não esqueci dela, só perdi seu número... Amanhã vou reparar a desfeita, já que, por causa de uma prova, não pude ir ao seu almoço de comemoração, que foi ontem.
Aproveitando a deixa, registro também o aniversário de Anna Paula, que é amanhã. Nova idade, corpicho novo, repaginado por dieta e malhação... A muié está bombando! Ao samba no sábado, minha filha, que o samba deixa a gente contente (já dizia Paulinho da Viola).
Beijos, garotas!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Alô!

Só pro meu blog não esquecer de mim, tô dando um oi pra ele e pros meus caros leitores.
Corri feito má notícia hoje pra dar conta das tarefas, e nem pude conversar potoca, nem almoçar com calma, nem olhar uns sites de roupa de baile, nem nada. Deu só pra fazer uma escovinha rapidíssima na hora do lunch, uma vez que gente sou, amém. Se pressa fosse dinheiro, eu seria Eike Batista.