segunda-feira, 31 de maio de 2010

Momento mulherzinha

Saí, sábado à noite, para assistir a Sex and the City 2. Fui com my husband, embora uma amiga, momentos antes, tenha achado meio muito ele me acompanhar, pois o programa seria mulherzinha demais, na opinião dela. Talvez ela tenha até um poquito de razón, mas sempre víamos o seriado juntos em casa, vimos o primeiro filme... Enfim.

Porém, quando Carrie desceu do carro calçando um Louboutin de lantejoulinhas vermelhas... Dei um suspirinho, e husband, em contrapartida, deu aquela olhadinha de lado. Mas o filme é divertido para ambos os sexos, embora mais careta que o necessário. Os figurinos estão um tanto over, mas as meninas seguram bem a onda - todas estão com corpichos ok, e as ruguinhas das faces são mais que compreensíveis, ora pois.

Aidan, aquele ex super fofo e lindo de Carrie, aparece na película mais belo ainda e tentando-a a cometer um pecadilho, enquanto Big enquadra-se definitivamente no perfil de maridón tradição. Quem diria. Tal qual a Cia do Calypso predisse certa vez, o mundo é mesmo uma bola.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Felicidade to everybody

Dia desses, alguém escreveu no twitter, e eu achei de uma sabedoria: "desejo que todas as pessoas do mundo sejam felizes. As pessoas felizes não enchem o meu saco". Faço minhas as palavras do cidadão ou cidadã, em seu infinito, mas legítimo, egoísmo. Idem, idem, idem.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Importa?

Algumas coisas são importantes; outras, você chega a pensar que são, mas, de fato, têm uma importância bastante relativa. Importante, pra mim, é:

1. andar pra frente;
2. permitir ao pensamento mudar de direção;
3. fazer e criar filhos;
4. dançar;
5. namorar/enamorar-se, da vida;
6. trabalhar no que se gosta;
7. ganhar decentemente pra fazer o que se gosta;
8. estudar, sempre;
9. ter amigos pra dividir, e somar;
10. dormir, profundamente, sem sonhar;
11. Sonhar, e desejar, mais e melhor.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Jane Austen arrasa

Gosto muito de um tipo de humor que é próprio dos ingleses. Sutil, sarcástico, inteligente - daquele que só um olharzinho mais apurado absorve. Quem estiver procurando obviedade, ou aquela risada fácil e besta com cara de comédia adolescente, não vai encontrar mesmo. Não significa, porém, que as situações descritas sejam pouco divertidas - pelo contrário. Neste caso, a ironia reina, e a gente ri por dentro, larga e frouxamente. Delícia.

Falo aqui daquilo que conheço, já que não sou uma entendedora, mas adoro, por exemplo, Agatha Christie e Jane Austen. Comprei, ontem, o romance "Orgulho e Preconceito", de Austen, e mais um livrinho de Christie para minha coleção de policiais. Desta, tenho tantos que nem lembro o título deste último que comprei. Adoro. Não é alta literatura, mas é entretenimento de primeira.

Fui apresentada à Jane Austen pelo cinema. O livro, entretanto, como sói acontecer, é ainda mais legal. Só pra dar uma idéia, sintam a primeira frase do book que estou lendo: "É verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro em posse de boa fortuna deve estar necessitado de esposa". E por aí vai. As moças do romance apontam suas vidas para o trinômio casamento-paixão-intriga, naturalmente, pela época em que ele foi escrito (início do século XIX, por aí). Mas elas são plenamente inteligentes e cientes do seu estar-no-mundo; sabem que a possibilidade de mobilidade delas é restrita, e trabalham com esta perspectiva. No fim das contas, o que Austen faz é crítica social da melhor qualidade, sem precisar levantar nenhuma bandeira. Gênia.

domingo, 16 de maio de 2010

No blog

Estávamos no carro, seguindo para a casa de mainha. Alice, la pequeñita, diz à irmã mais velha, após um comentário desta última: "pega leve, Júlia". Achamos muito engraçado, claro. Logo depois de comentarmos sobre suas tiradas, cada vez mais frequentes, Alice sai com essa: "mãe, você não vai botar isso no blog, né?" Adivinha...

Alice e seu juizinho repleto de idéias

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Compromisso

Ontem, ganhei um anel. Lindo, de ouro branco fosco com um brilhante incrustado. Ganhei também algumas palavras (http://www.cleristonchargista.blogspot.com/), mais lindas que o anel, e olhe que o anel é super lindo. Acho que repeti muito o adjetivo "lindo", mas é isso mesmo. Quem dera todo mundo pudesse ganhar um anel lindo feito eu ganhei. Quem dera mais pessoas tivessem a capacidade de dar um anel do jeito que este me foi dado. Melhor pra mim! Melhor pra nós.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Parabéns a Júlia

Hoje é o aniversário da minha Júlia. Onze anos, mas ela não gosta de ser chamada de pré-adolescente. Prefere ainda ser criança, e eu, confesso, acho muito bom que seja assim. Embora Júlia seja muito articulada e cheia de argumentos (crítica que só ela...), ainda não cruzou aquela linha em que os pais viram seres extraterrestres, desconectados da realidade e absolutamente bocós. Sim, ela ainda nos ama. Ufa.

Júlia em um momento inconfesso de (pré) aborrecice

Ela é a ídola da irmã, a pequena Alice, que lhe tem verdadeira adoração. Mesmo assim, as duas brigam... E haja provocação, críticas ácidas, intolerâncias de parte a parte. Enquanto isso, a gente vai administrando pra não deixar que elas exagerem. Difícil é sermos justos sempre, mas seguimos tentando. Um viva para Juju, linda que só ela, inteligente, tagarela, querida. Viva!

domingo, 9 de maio de 2010

Eu, a taturana

Sexta-feira, fui à escola das meninas pra um evento do dia das mães. Ju já é uma mocinha, não pago mais mico por causa dela. Já Alice, que tem quatro anos, é uma criancinha que adora ver a mãe viver momentos constrangedores em datas festivas. Bom. Fui ao colégio, cedinho, e lá, nós, mães, tínhamos que representar (como atrizes, bem entendido) uma historinha que a professora ia contar.

Construímos figurinos junto com as crianças e eu, pasmem, tive que me "vestir" de taturana. Pense numa coisa difícil que é conseguir fazer uma fantasia de taturana com papel crepom. Mas a gente se virou, eu e Lili, e lá fui eu, representar a taturana da história. Pela alegria de Alice, acho que me saí bem. Ela adorou tudo, e tive que me render à idéia da professora, que a princípio tinha achado de uma imbecilidade sem precedentes. Mas as crianças tem uma lógica particular, e, no fim das contas, fiquei muito contente em presenciar a alegria da minha pequena.

A gente nunca sabe até onde pode chegar quando vira mãe, portanto... felicidades, colegas! Quem sabe o que nos espera no ano que vem?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Um dia chego lá

Coisa mais linda este trecho de espetáculo. Descobri por acaso, e fiquei impressionada com a presença cênica das meninas bailaoras, com os movimentos de tronco e com a expressividade delas.  Compartilho com vocês, leitores.

http://www.youtube.com/watch?v=ZPQYIQ1UyeE&feature=channel

quinta-feira, 6 de maio de 2010

06 de maio, que dia desnecessário

Apesar da vitória do Sport (comovo-me muito pouco com futebol, portanto...), o dia hoje amanheceu cinza. Aborreci-me na faculdade, tive que fazer feira na hora do almoço, almocei correndo, maior calor, gastei muita grana no Bompreço, paguei um cartão super caro e enfrentei fila na casa lotérica (pode isso?), meu elástico de cabelo quebrou, estraguei uma folhinha de zona azul, vi gente que não queria ver, aborreci-me à tarde no Recife velho, fui na livraria Cultura e o livro que eu queria não existe, a editora não mais o editará. Quer mais? O dia ainda não acabou. Vou dar aula à noite, 20h30 às 22h. Daqui pra lá, muitas desgraças ainda poderão acontecer. Vade retro.

Creio que a TPM contribuiu para piorar um pouco o conjunto da obra. Aposto que até pessoas com quadro terminal de depressão fatal estão mais felizes que eu hoje. Daqui a pouco vou CORRENDO dançar pra ver se a nuvem vai embora. Outras coisas também poderiam ir embora, pra variar. Pensando bem, além do dia, das coisas, dos eventos, há pessoas que também são desnecessárias. Até eu, hoje, estou descenessária para mim mesma. Vou dormir cedo. Credo.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Das invejas que eu tenho

A inveja não é um bom sentimento, verdade. Em muitos momentos, no entanto, não dá pra escapar - quando você se dá conta, pronto, está mortinho de inveja. Admitir isso é o primeiro passo para que esta verdade não se torne um problema. Afinal, em todos nós falta algo, claro, e é isso que nos torna únicos.
Seguem as invejas da minha lista:

1. de quem fala inglês fluente;
2. de quem tem abdomem forte (não com gominhos, apenas forte);
3. de quem sabe fazer piruetas perfeitas;
4. de quem tem peitos médios (os meus são mini);
5. de quem fala francês, mesmo que não fluente;
6. de quem já pagou todas as prestações do carro;
7. de quem mora em casa com jardim e quintal;
8. de quem já fez doutorado;
9. de quem sabe cantar bonito;
10. de quem é organizado;
11. de quem tem pele ótima;
12. de quem tem sobrinhos;
13. de quem corre;
14. de quem abre escala;
15. (...)

Tá bom, né? Não lembro de todas. But, garanto que não boto olho gordo em ninguém.

domingo, 2 de maio de 2010

Adaptando o pedido de Bruno

Meu aluno Bruno me pede pra falar de Elisa Lucinda, poetisa. Resolvi fazer melhor que isso. Transcrevo abaixo um trecho da poesia "A chegada do amor", de sua autoria. O texto é simples, direto, objetivo, e diz, assim, tudo que é necessário. Olhaê:


Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis um amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.


Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

(...)