terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Back from Buenos (o de vuelta a mi lindo pueblito?)

Refeição delícia no Malba,
acompanhada de um rosado riquísimo
Desta vez, passar o carnaval fora do Recife não foi um horror, muito pelo contrário. Estive em Buenos Aires, que, embora esteja meio decadente (sujinha, velhinha...), como tinha alertado my friend (o que detém o poder e determina os destinos do povo pernambucano), continua sendo um ótimo lugar pra passear, ver coisas bonitas e tomar unas copas.

Uma das coisas de que mais gostei, e me emocionou particularmente, foi participar de um programa portenho de verdade. Fui a uma milonga, lugar onde as pessoas vão pra dançar tango e não apenas para assistir a shows, e vi alguns dos casais mais lindos do mundo bailando pra valer, sem frescura e com afeto. Fiquei doida pra aprender a fazer aquilo, mas não sei se um dia poderei sentir o baile como eles, os originais. Os abraços são especialmente maravilhosos. Arrepios, um atrás do outro.

Curti muito também a feira de San Telmo, os passeios pelas ruas antigas, os montes de cafés, o jardim botânico, o restaurante do museu Malba. Não curti o povo argentino querendo deixar de ser pobre às custas da gente. Triste é quando um país começa a olhar pros seus visitantes com mais inveja que simpatia. Tomara que eles se livrem logo daquela horrorosa da Cristina.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Da água para o vinho; ou do vinho para a água

Sabe aqueles dias em que saimos de casa com o espírito leve e satisfeito, e o mundo insiste em interferir pra coisa toda virar pelo avesso? Pois. O sol lindo que estava fazendo hoje já me deixou legal, embora o primeiro dia de trânsito tenha atrapalhado um pouco. Mas o problema nem foi esse, até porque já esperava pelo engarrafamento, favas contadas.

Um ser aqui do trabalho perdeu um processo enviado pela minha equipe, o que atrasou a minha vida em anos luz, e ainda perguntou - "o que você tem? Está tão séria!" Será que eu devia estar feliz? Não me parece, nem tenho a obrigação de ser simpatiquinha enquantos os outros fazem merda às minhas custas. Eu disse: "simbora trabalhar, né, meu caro? Estou com essa cara porque tenho montes de coisas pra fazer e estou atrasada". Fala sério. Queria saber que cara é essa que eu faço que tanto as pessoas falam. Uma vez, uma criatura disse que eu olhei pra ele com "desprezo, ódio?" Hein? Olhei com a vista que tenho, ora bolas, não fico treinando em casa como vou olhar pras pessoas.

Fora isso, meu marido me fez esperar (pra variar); tenho que fazer meus planos de aula pra postar amanhã, mas ainda não fiz, porque tive muito trabalho na secretaria; não consegui terminar minha análise de mídia; minha professora de flamenco quer mudar o horário das aulas prum dia em que eu não posso; no almoço, a besta da garçonete não levou meu suco e eu comi a seco. Tá bom, são pequenas coisas... mas somando: É O CÃO! Tô arretada.