terça-feira, 25 de setembro de 2012

Sedução

A sedução pode se dar em níveis distintos, e arrisco dizer que é fundamental para alavancar nossos projetos de vida, sejam eles pessoais, profissionais, acadêmicos, de saúde e beleza, e por aí foi. Precisamos seduzir e ser seduzidos pelos caminhos que a existência nos apresenta, sob pena de não nos sentirmos motivados a seguir por eles. Tesão é fundamental, baby, até para escolher uma marca de tomate pelado no supermercado.

Eita, escrevi "pelado". Meu professor (não existe ex-professor, portanto, ele segue sendo um dos bests) Sebastién Joachín diria que foi ato falho; ele, que não acreditava em coincidências, só no inconsciente. Sim, o tal do inconsciente, dona Danielle Lima :) Precisamos desvendá-lo, antes que ele nos derrube. Terapia, minha filha! Sigo aqui fazendo minha autoanálise, até o momento em que considerar que ainda consigo me virar só...

Bien, no momento, sinto a energia da sedução me mobilizando. Projetos e caminhos extremamente promissores, empolgantes, desafiadores, surgem e motivam a sair da zona de conforto. Gosto não de parar, porque quem para, mais das vezes, cai. Engraçado é que vivo dizendo que gostaria de ter mais tempo, que queria um ano sabático, ou ganhar na loteria e viver de cuidar do corpo e da mente... Fim das contas, desde que tenho uns 20 anos, nunca tive menos de dois empregos simultâneos nessa vida.

Esto es. Esta sou eu. E os tais dos 37 anos que, segundo orientações astrológicas de mesa de bar, revelam a real natureza da pessoa? Estão chegando. Tomara que a minha natureza seja chapa da minha pessoa.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Santo Antônio entrou em férias (eternas)

Pausa no trabalho para comentar um tema palpitante. Aguento mais não ver o tanto de mulher incrível e massa que é obrigada a se ajeitar com qualquer criatura infame por aí. Sim, obrigada, minhas caras, a não ser que a opção seja celibato ou lesbianismo. Antes que me acusem de mal amada, vou logo dizendo que - graças aos céus - tenho um marido cujas qualidades não posso nem divulgar, sob pena de castigo ou de parecer esnobe. Ou, pior, de despertar o mais mortal dos sentimentos...Cruz, figa e pé de pimenta, minha gente!

Bien, mas hoje, excepcionalmente, não vim aqui pra falar de mim. Falarei da coletividade, porque, ou eu muito me engano, ou tem muita fanta uva quente por aí achando que é coca gelada. Como assim, meninas? Amigas minhas super lindas e legais e bem sucedidas são dispensadas por homens feiosinhos, complicadinhos e chatinhos, assim sem nem tchuns. E haja homem que nem come a parceira decentemente, nem paga suas contas, nem ouve suas queixas, nem divide angústias, nem lava os pratos nem abre o vidro de palmito. Pelamordedeus. Assim fica difícil, pessoal.

A gente tem que achar nosso lugar no mundo, e as conquistas femininas deveriam ter servido para homens e mulheres serem parceiros, compartilhando e dividindo, sem hierarquia contaminando a relação. Por enquanto, o que se vê é a preguiça monumental dos caras que, disputados a tapa, não se dão ao trabalho de fazer um movimento de conquista, de se mostrar interessantes e desejáveis. Uma vez que qualquer coisa serve, os rapazes estão achando que podem ser qualquer coisa. Lutemos contra esse movimento infeliz, meninas e meninos!

*Sorry, queridos meninos que não se enquadram nesta categoria. Vocês existem, ainda bem. Poderiam se reproduzir, fazendo o favor? Tenho filhas que serão diretamente impactadas por esta medida. 

sábado, 15 de setembro de 2012

Ufa

Hoje eu queria falar sobre um sentimento estranho, que é o tal do alívio. Alívio sucede a expectativa, que é sempre muito pior do que qualquer coisa que chegue depois. Sabe quando a bexiga está cheia e você finalmente vence a fila do banheiro? Bom, né? Pois é. O alívio muitas vezes surge depois de um acontecimento ou de uma sensação desagradável. Gente imbecil que gosta de incomodar - eita! - às vezes é capaz de provocar alívio. Bom, né? Eu acho.

Estava agora dando uma limpada na minha memória virtual, que de vez em quando precisa de faxina, assim como nossos armários "reais". Encontrei tantas coisas desnecessárias; joguei fora. Guardei outras tantas coisas legais, divertidas, românticas, escritos que havia esquecido que existiam. Alguns reforçarão meus argumentos; outros não têm mais nada a ver comigo, mas são parte da minha história. Dá pra ver no computador o quanto de alívio já acumulei nessa vida.

Dia desses (vocês já perceberam como gosto dessa expressão? Vou trabalhar na terapia :)), estava muito aperreada com questões de natureza prática. Meu aperreio foi tanto, tanto, que não podia ser maior. A expectativa era de um tsunami iminente. No outro dia, o motivo do aperreio, se não sumiu totalmente, deu uma boa recuada. Alívio... Tenho (ou tinha, sei lá. Perdi contato) um amigo que gostava de usar uma expressão otimista muito bonitinha, embora ele mesmo não fosse lá muito leve. No final, a expressão dizia que "a vida vai ser boa". Vai mesmo. Já é. Oba.








sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Dandara


Homenagem à minha amiga Dani e a todas as mulheres foda desse mundo.
Ela tem nome de mulher guerreira
E se veste de um jeito que só ela
Ela vive entre o aqui e o alheio
As meninas não gostam muito dela
Ela tem um tribal no tornozelo
E na nuca adormece uma serpente
O que faz ela ser quase um segredo
É ser ela assim tão transparente
Ela é livre e ser livre a faz brilhar
Ela é filha da terra, céu e mar
Dandara
Ela faz mechas claras nos cabelos
E caminha na areia pelo raso
Eu procuro saber os seus roteiros
Pra fingir que a encontro por acaso
Ela fala num celular vermelho
Com amigos e com seu namorado
Ela tem perto dela o mundo inteiro
E à volta outro mundo admirado
Ela é livre e ser livre a faz brilhar
Ela é filha da terra, céu e mar
Dandara