quarta-feira, 2 de junho de 2010

Nada pode ser mais bizarro

Bizarro. É a palavra que me vem à mente para descrever este caso Maristela Just. Bizarro é o fato de existirem homens que se acham no direito de agredir e matar mulheres porque estas mulheres entenderam, finalmente, que eles são umas porcarias, uns seres com os quais não vale a pena nem trocar um bom dia, quanto mais conviver. Ninguém fala sobre a "honra" feminina quando a traição surge de lá pra cá, e olhe que eu nem estou entrando no mérito. Não sei se houve ou não traição neste caso, até porque é o que menos importa na história toda. Não há justificativa para matar.

O fato é que nós podemos levar chifres à vontade, ninguém briga pela nossa honra. O contrário, no entanto, gera assunto ad infinitum, causa comoção, explica até assassinato. Como assim? Eita, se o mulherio fosse matar por causa de cada traição vivida... O planeta estava praticamente depovoado. Naturalmente, com um pai daqueles, esse lixo humano que agora é foragido da justiça não podia ser mais do que é. Que homem é esse Gil Teobaldo? De que será que ele é feito? Alguém que ironiza o sofrimento dos netos que perderam a mãe e a saúde, física e psíquica, não pode ser composto da mesma matéria que o resto dos mortais. É menos que lixo, porque lixo a gente ainda pode reciclar. Dali, no entanto, não dá pra aproveitar nada.

Bizarro também é o fato da justiça permitir tantos recursos, tantos adiamentos para julgar um caso em que o réu é confesso e anda por aí como se nada houvesse. Não dá pra entender. É triste, é desalentador, é criminoso, tão criminoso quanto o bandido que mata. Tudo porque alguém acha que é dono de outra pessoa, e mais gente também comunga com ele da mesma opinião. Haja. Espero estar viva para ver mais casos como o do cara que teve que pagar indenização à noiva que abandonou no altar "porque ela não era mais virgem". Bem feito, otário.

2 comentários:

  1. Foi muito bom te-la como professora, nesse semestre. Aprender o "fazer" do nosso ofício jornalístico c/ vc foi mto mais fácil e divertido... Espero manter a amizade e os contatos...
    Bruno Souza

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  2. Que bom, querido. Fico muito feliz e com a sensação de dever cumprido. Trabalho bem feito, com certeza, mas diversão, sempre! Até a próxima!

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