Vivo às voltas com temas relacionados a coisas muito importantes, que mexem com o destino de muita gente. Trabalhar no governo tem disso: ficamos próximos a informações e situações que terminam, de uma forma ou de outra, interferindo na vida de todo mundo. Por outro lado, também dou aulas; preciso ser sabida pros meus meninos, que estão aprendendo uma profissão, e motivá-los, e ajudar a educá-los. Pois bem. Às vezes, essa profundidade toda cansa; a responsabilidade é grande, e os problemas, complexos.
Nessa hora, ainda bem, surgem os pequenos eventos que nos permitem viver - conheci o termo através das meninas do 02 Neurônio - a felicidade medíocre. São coisas bestas que fazemos e nos alegram sobremaneira. A mim, por exemplo, ir ao salão de beleza e fazer a unha me deixa felicíssima. Principalmente se a manicure é boa, não tira bife e pinta sem borrar. E a cor do esmalte fica linda na mão. Alegria total. Ontem fiz as unhas e os cabelos. Foi ótimo.
Bom também é ouvir uma música bem boa, pra cantar junto. Decoro letras com muita facilidade e adoro dirigir cantando. Pronto - já basta pra injetar um pouquito de felicidade medíocre na veia. Ir almoçar num lugar legal e usufruir das coisas chiques que a vida oferece (infelizmente, não a todo mundo)- adoro. Uma vez, comi num bistrôzinho ultrachiquérrimo em São Paulo, e me senti a própria Audrey Hepburn, com sua elegância irretocável, caminhando por aí.
Tomar um banho e me arrumar bem muito, e escolher a roupa com todo o cuidado, e gostar do resultado, mesmo que seja pra ir trabalhar, no mesmo lugar de todos os dias. Isso é muito divertido; sempre gostei de combinar peças de roupas e pensar sobre o tema, e ir variando as composições. Tenho muitos vestidos e acho que eles são lindos, muito femininos.
Ou seja: as tais coisinhas fúteis que dão leveza ao cotidiano são supérfluos mais que necessários. Não dá pra ser profundo e tenso todo o tempo, senão a gente morre de infarto. E vira um chato de galocha, daqueles que ninguém agüenta por perto. Portanto, reservo-me o direito de ser besta vez em quando. Tenho dito.
* Hoje soube que minha amiga Dani está grávida e amei a notícia. Parabéns linda Dani, tudo de bom pra o bebezinho que chega! Que delícia é um bebê... Mas esse é tema pra outro post.
quinta-feira, 18 de março de 2010
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Puta texto. To aprendendo a gostar das coisas miúdas da vida, como diz meu amigo Samarone. Coisa miúda pra mim pode ser escutar um bom samba ou tomar um bom porto comendo chocolate belga. Sou eclético e chique benhê.
ResponderExcluirMuito bom o texto, às vezes não nos damos conta do quão somos felizes.
ResponderExcluirEsse texto demonstra que a felicidade independe de grandes coisas (até uma simples sugestão aceita num blog, pode nos deixar feliz, em algum momento do dia).
Basta observar, é nos pequenos detalhes da vida que encontramos a razão de ser feliz.
Bruno Souza
Dar um cheiro no cangote; assistir a um show juntos; resolver um parágrafo da tese; tocar (de novo) aquela música no violão; ouvir a mais nova dizendo "eu não vou dizer aquela palavra que começa com 'ca', porque é muito feio dizer 'caralho', né mãe?"... e por aí vai. Concordo muitíssimo: a felicidade nem sempre é um pote de ouro.
ResponderExcluirMeninos, que bom que gostaram. E não é isso mesmo? Há dias em que a alegria parece tão perto, os problemas, pequenos, e o sol, mais brilhante. Dias bons...
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