Ontem, depois de uma semana (que termina hoje, ufa) puxada, parei no posto de gasolina onde sempre paro pra comprar uma aguinha de coco. Enquanto isso, pensava no baile que Fabinho ensinou pra gente, durante o workshop da semana passada. Cheguei na casa de Cida, onde ensaiamos, e fui vestir minha roupa. Pus uma legging preta, uma blusinha também preta, e minha sainha vermelha por cima, aquelas saias levinhas que são pra balé, mas que eu, gipsy convicta, também uso. Queria estar linda pro meu flamenco. Emagreci um tantinho, depois da segurada na boca que dei por estes dias, e estava me achando mais bonita do que nunca. Nada é mais bonito do que uma pessoa dançando com alma.
Karina chegou, começamos a conversar e a esperar as outras bailaoras. As meninas demoraram, iniciamos o ensaio. E a minha figura no espelho, enquanto eu dançava, sem errar - mais que isso, afinal, com a alma sobre a qual falei acima - me agradou, me deixou feliz, tranquila, sem lembrar dos problemas que teimam em correr atrás da gente enquanto a gente corre deles. A aula foi eu e Karina, Karina e eu, e ambas estávamos curtindo o nosso universo particular, enquanto ajustávamos o nosso baile pra formar uma dupla. Estávamos lindas. Nem o cabelo prendi, queria ele solto. E ele não se transformou num balaio assanhado, vejam só. Não tinha ninguém olhando, tudo o que fiz foi por mim e para mim. Delícia.
Love, love, love. Tô quase deixando de ser frouxa e indo logo fazer minha tatuagem gipsy. Preciso pedir o desenho à minha querida Dani Acioli, posto que o flamenco, además das minhas pequenas, é o que há de mais permanente em minha vida, nesta vida onde as mudanças são a única certeza que temos, fim das contas. Hoje estou plena de amor, e o melhor é que é por mim mesma. E não tem joelho ruim, distância ou dificuldade que me faça parar de dançar. Olé!
Nenhum comentário:
Postar um comentário