Tenho um grande amigo, querido do coração, que se chama Klester. Pois é, o nome dele é meio esquisito, tal qual a pessoa que representa. É jornalista, como eu, e adora se meter em enrascadas, das mais diversas naturezas. Das confusões profissionais às românticas, o menino já se inseriu em todas elas. Fui a São Paulo há mais ou menos um mês, e tentei encontrar com ele, como sempre faço quando vou pra lá. Não consegui falar, o telefone não pegava de jeito nenhum. A ligação caía, um lío. Bom, deixei pra lá, pois que ele sempre me liga quando está metido em seus rolos com as fêmeas, e deduzi que o silêncio significava que estava tudo bem.
Eis que abro o jornal no sábado e descubro que a criatura foi presa na Síria, ao tentar cobrir uma pauta pra Revista Istoé. Síria??? Este é Klester, o repórter que já foi amarrado a uma árvore por bandidos enquanto fazia uma matéria na Amazônia. O cara que escreveu um livro sobre um dos maiores matadores de aluguel do Brasil. Preocupei-me, mas não muito, porque a matéria dizia que ele estava bem, que a embaixada brasileira estava negociando a saída dele de lá, enfim. Dia desses ele sofreu uma decepção amorosa e inventou de comprar uma passagem caríssima pra um lugar longíquo e perigoso, de onde deduzo que talvez esteja enrolado em seus romances uma vez mais, já que foi parar na Síria.
Uma vez, fui dançar num espetáculo de flamenco promovido pelo Instituto Cervantes, no Teatro Apolo. Avisei aos amigos por email. Quando desço do palco, lá está Klester, que veio de Sampa sem me avisar (ele já viria ao Recife, naturalmente, e as datas coincidiram) e foi assistir ao nosso show. Supresas, ele adora. Também adorei revê-lo, e ainda mais seu carinho e atenção. Nos conhecemos desde que eu era estagiária na mesma empresa que ele trabalhava, e desde então ele me chama de "filé". Estou aqui na expectativa de saber notícias dele logo. Pelo facebook, os amigos estão se atualizando uns aos outros quanto ao seu paradeiro.
É doido esse menino. O último remanescente entre os solteiros com mais de 40 (se é que ainda está solteiro, sei lá), romântico incurável, intrépido repórter. Love you, coisa feia, aparece aí.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
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