Tinha um monte de coisa pra comentar hoje, mas o destaque do fim de semana foi mesmo a imersão na música que fiz, junto com o violonista Eduardo Bertussi e minhas companheiras de baile. Engraçado, mas ao dançar a gente nem sempre se dá conta da importância do ritmo (sim, isso é possível!), das divisões matemáticas que a música contém, e de quão emocionantes elas podem ser.
Discutia com meu marido, músico também, e nossa Júlia comentou: "vocês aí falando de matemática, a música perde toda a graça". Maridón se empolgou: "é isso, isso é uma coisa que sempre me preocupou!" Mas depois de participar da oficina de Eduardo, não identifico esse perigo. Achei a música e a dança ainda mais fascinantes ao pensar sobre seus mecanismos internos e sua relação com o nosso corpo, com a nossa pulsação.
A arte, no fim das contas, amplia o alcance de tudo, e mesmo as improvisações, fraseados longos ou curtos, semitons e síncopes também fazem parte do imenso universo dos números, que um dia aquele professor de matemática chato da escola nos fez pensar que eram tão chatos quanto ele. Ouvindo os números impressos no baile é que aprendemos a dispensá-los na hora da interpretação. Ainda assim, eles estarão lá, traduzidos pela batida do coração.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
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