Não é toa que o cara integrava a melhor banda de todos os tempos. Paul McCartney fez valer todos os reais gastos no intervalo esquenta-táxi-show-táxi-jantar-táxi. Todo mundo besta porque ele não precisou de nenhum intervalinho pra descansar os ossos septuagenários, e eu besta porque o cara não tomou uma gota de água durante todo o espetáculo. O povo besta porque ele é "simples" e "simpático" e eu besta porque outros artistas geniais perdem um tanto da sua genialidade por não se comportarem com naturalidade em relação ao talento, fama, grana. Paul provavelmente não se recorda quando estes substantivos - talento, fama, grana - passaram a fazer parte da sua vida. Bom pra ele, que pode falar sem medo de errar: "se fui medíocre, desconhecido e pobre, não me lembro". E a vida passa a ser assim, e ele não tem nenhum motivo pra se deslumbrar com isso, minha gente. Fechação.
Como assim? - mudando de tema, mas ainda no show de Paul, registro aqui uma frase lapidar que ouvi de uma menina que não era pernambucana (pelo sotaque, cearense ou piauiense) enquanto esperava o espetáculo começar: "mulher, me espera aí que vou ali dar uma raparigadinha". Hein?
segunda-feira, 23 de abril de 2012
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