segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A Mulher e o Choro

Mulheres choram fácil. Isso às vezes pode ser um problema (se acontece no ambiente de trabalho, por exemplo), mas, na maior parte do tempo, serve muito bem ao propósito de desabafar, destensionar, limpar os olhos. Choramos por coisas sérias, seriíssimas, tipo perder alguém querido. Ou perder um emprego. Pero, também choramos por besteiras fundamentais: no trânsito, porque estamos com pressa ou com pouca gasolina; em casa, porque está tudo uma bagunça e nossos maridos não estão nem aí; no cinema, porque o filme é triste; escrevendo um email, porque o email ficou emotivo; de dor de cabeça; de raiva; porque estamos sem dinheiro ou porque perdemos alguma coisa e não conseguimos achá-la de jeito nenhum, nem apelando pra São Longuinho.

Chorar, pra nós, é como comer ou ir ao banheiro: uma coisa fisiológica. Mesmo assim, banal até a alma, o choro feminino ainda desconcerta demais os rapazes. Eles não sabem o que fazer, e, convenhamos, é mesmo difícil sacar se as lágrimas são relativas a questões de pouca ou muita importância. Tranquilizem-se, homens, se suas mulheres brigarem, reclamarem de vocês ou de outrem, num choro convulsivo e auto-explicativo. Preocupem-se, sim, se o choro for baixinho, e a resposta para “o que houve?” for “nada”. Aí é bronca.

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