segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O Casório

Prometi e devo cumprir, já que não entrei pra política (nem pretendo, aliás). Juliana e André, enfim, casaram. A cerimônia foi muito bonita, leve e descontraída como deveriam ser as uniões entre as pessoas. Os noivos fizeram suas declarações, assim como a mãe da noiva, o filho do noivo e um amigo querido de ambos. O tom dos textos terminou parecido, com todo mundo falando em amor e escolha, em vontade de ficar junto. Vontade, disposição, atitude. Mais que intenção, mais que discurso, mais que impulso. Vontade, afinal, de construir uma história em parceria, com espaço pras quatro operações matemáticas, cada uma servindo a um propósito, cujo resultado se pretende que seja harmônico e alegre. É muito bonito quando a gente vê gente disposta a seguir esse caminho, com toda a sinceridade no coração.

Fazia calor, depois das cinco da tarde, quando a cerimônia religiosa terminou. Na porta da igreja, já esperavam os convidados uma orquestra de frevo, um isopor com cerveja e dois bonecos gigantes dos noivos. Todos nós seguimos então em cortejo pela Rua do Amparo, e devo dizer que, na metade do caminho até o MAC, onde a festa aconteceu, a cerveja do isopor acabou, tão no clima de carnaval que o povo estava. Nosso “bloco” terminou arrastando os foliões que andavam pela cidade alta, que estranharam aquela turma toda de vestido longo e calça social dançando frevo. Aqui e ali, alguém gritava: “é um casamento!” e sorria, cúmplice. Quando chegamos nos quatro cantos, o padre que realizou a cerimônia chegou. Chegou chegando, registre-se, dançando frevo muito direitinho, na frente da orquestra. Ainda bem que Dom Dedé descansa e Saburido é quem toca agora os destinos da igreja católica nestas paragens. Não tenho religião, mas é fato que o catolicismo, pra nós brasileiros, é mais uma manifestação cultural que apenas religiosa. Que seja alegre, então, ora bolas. O padre arrasou.

No MAC, mais frevo. Depois, o DJ botou o povo pra dançar de Benjor a RC, e quem foi ficando foi ficando com mais álcool no cérebro, como sói acontecer nestes eventos... Foi tudo muito legal, principalmente porque teve a cara do casal – pode-se dizer, então, que a cerimônia foi o primeiro evento que eles produziram juntos enquanto marido e muié. Nos trinques. Elogios feitos, chegou a hora da cobrança: que venham as crianças! Começo aqui, aliás, a campanha “procriar é preciso”, pra ver se os casais que conheço se animam, a começar por Ju e André, of course. Antes que alguém pergunte, já dei minha contribuição à humanidade e aguardo companhia. Quero um bebê pra fazer bilu e depois devolver pra mãe trocar a fralda. Quer coisa melhor?

2 comentários:

  1. Mais direta, impossível, meu caro. Tás lendo o blog de Ju? É uma beleza - e a gente precisa ter filho pra sentir esse orgulho besta. Diz à companheira cunhada. bjs!

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